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Arsenal: Decepção, Depreciação e Apequenamento

Sim, este texto será escrito em primeira pessoa.

O futebol internacional sempre me encantou, principalmente pelo quilate e qualidade dos jogadores envolvidos. A mentalidade aberta e corajosa da Bundesliga, a classe e os astros da Serie A e especialmente a intensidade da Premier League.


No momento em que comecei a me atentar para o mundo da bola o time da moda, papa-tudo era o Chelsea. Campeões ingleses, de Champions League, elenco consagrado. O United também se destacava pelo esquadrão consistente e talentoso montado por Sir Alex Fergunson, maior treinador da história dos Red Devils. O Liverpool oscilou momentos de bons e maus times, todos permeados pela idolatria e dedicação ao clube memorável de Steven Gerrard. City e Tottenham não impuseram grandes times, naquele momento em específico, exceto o time composto por Modric, Bale, Defoe, Van der Vaart, Lennon e companhia.


Dentre todos esses, o Arsenal se destacara por uma campanha campeã invicta, em 2003. O que mais me chamou atenção naquele time certamente foi a longevidade de seu identificado treinador e seu trabalho, junto com os jogadores que prospectara e alçara ao time principal. Thierry Henry, Patrick Vieira, Bergkamp, Lehmann e o nosso Gilberto Silva foram simplesmente inesquecíveis naquele ano com atuações individuais e coletivas memoráveis, principalmente do primeiro citado, que só veio a ser superado recentemente por Aubameyang em gols vestindo a camisa dos Gunners.


No entanto, desde então o clube vem sofrendo ataques de diversas origens, seja oriundos do intra-campo, seja do extra-campo com trocas presidenciais de perspectivas diferentes. Fato é que desde então o Arsenal não ganhou mais nenhuma Premier League, vinha se classificando regularmente para a Champions League, mesmo como porteiro de G4, não deixando de ser um alento e esperança real de melhora nas temporadas seguintes pelas possibilidades de receita e atratividade de jogadores.


A situação atual desde o último ano da equipe sendo comandada por Wenger foi de classificação à Liga Europa, tendo sido repetido este quadro na última temporada. Menor atratividade, receita e capacidade de investimento aguardam os Gunners por mais uma temporada na qual os problemas se mostram ainda latentes em setores críticos do elenco, mesmo com a melhora proporcionada com Emery.


Hoje, tanto no período de transferências como na temporada regular, o Arsenal tem se colocado numa posição bastante secundária em relação aos outros clubes do Big Six, configurando uma curva decadente se comparado com todo o potencial do início da década passada, que parece ter tido seu auge na temporada 2005/2006, quando logrou vice-campeonato frente ao fantástico Barcelona de Guardiola.


São necessárias contratações acertadas e muito bem definidas tendo em vista as carências crônicas do elenco (lateral direita e defesa principalmente) que têm dado sinais críticos de necessidade de reformulação nas recorrentes falhas e fragilidades, apesar das peças adicionadas recentemente.


Em sua primeira temporada, já percebe-se um padrão de jogo e identidade característico, bem como a capacidade de adaptabilidade de acordo com o adversário. É de se esperar que o trabalho amadureça ainda mais e ganhe solidez associado a reforços e contratações de baixo perfil acertadas em conjunto com o melhor reaproveitamento de algumas peças do plantel.


Portanto, faz-se necessário paciência e análise constante dos rumos e desempenho associado a resultados do jovem trabalho de Unai, objetivando a devolução do status anterior para galgar maiores posições dentro do contexto doméstico e continental dos Gunners.


Autor: João Henrique Sousa

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